quinta-feira, 27 de maio de 2010

Eros e Psique

Essa moça, a mais bela, que se esquiva,
e à qual nenhum caminho leva a vê-la,
que adeja em tua mente, sempre viva,
essa, tu hás de amar mas nunca tê-la.

Essa moça, mais bela não seria,
é desse ventre escuro tua vela;
da tua boca é voz e ambrosia,
do teu olhar do chão é vã estrela.

Essa moça (que nem sabe de ti),
que vives dentre os sonhos a perdê-la,
que escutas em tua mente o sorriso,

à força de senti-la e padecê-la,
essa moça, que faz perder-te o siso,
fará da tua alma a alma dela.

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