A fanfarra do Tiro de Guerra, recidiva, treina o amor à Pátria. Também recidivos, na fileira mais alta do dia, o ipê amarelo, o rosa, o branco, no firme azul. No chão o mesmo pó de deserto nos coturnos, chão de vida e morte dos jovens legionários. Sempre o setembro seco bicado pelos sabiás pocas, cantando a chuva que não vem.
Outrora os dezoitos anos me convocaram, me alistei. Das guerras da idade, a única fardada. Outrora num pelotão avançado servi. Havia muitas guerras e nenhuma amada esperando.
De olhos fechados, novamente ouço o som militar galgando as estrelas, som que, esmaecendo, nunca some. Onde estão os meus correligionários, os aprendizes de homem? Com uns, troco bons-dias, boas-noites, e com os que desertaram, troco sussuros de silêncio. Obedeceram a ordem última e se esconderam nos campos santos, os bravos, inolvidáveis. Onde estará o sargento? Ouviu também ele a voz de descansar?
O mesmo novo pelotão toca o rataplã furioso, o cortejo de coturnos emparelhados vai num crescendo tomar o pico da colina. Chegaram os novos manés, os antônios, os alves, os machados, os bavieiras, os dianis, todos com a numeração ao peito.
Madrugando suas vidas, praticam a ordem unida, sinuosa e acelerada. Seguem, desarmoniosamente alvos da guerra não declarada. O sargento lá do panteão continua comandando as ordens de ir, seguir, parar e descansar.
O caudal verde azeitona de jovens flui sem nenhuma prática da guerra. O rataplã treme o quarto e a cama. Os coturnos solam. Os toques de silêncio. O sol da alvorada viçoso avança, incontinenti, nos olhos.