O novo bairro sem gente
é estéril argamassa.
Sem telhado, os indigentes
dormem na lua que passa.
Portas não há para as almas,
que ainda esperam igreja:
Deus, para o bairro de cal,
sua vinda ainda enseja.
(Ausência prepara ausência).
Esse bairro inumano,
se não tem os moradores,
mora lá faz mais de ano
Dona Senhora das Dores.
(Que fez lá uma vivenda).
quarta-feira, 2 de março de 2011
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