Ali no pé da estrada, entre as queixas,
entre os beijos, a moça vai ficar;
o moço quer o mundo e no chão deixa
o anel quebrado em dois sem mais brilhar.
Nos furos das metades, a saudade,
à frente dessa estrada de sereias,
repartida entre os dedos, é saudade
nascida antes dos seixos e areias.
E quando vem do mundo, vem da curva
a voz que vem chamar, a voz que turva,
no ar quebra-se o amor em dor sem cura.
Nessa carne cortada uma promessa
de voltar e a esperança filha dessa,
ante o perdido amor para a aventura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário