De madrugada, a aparência
é ouvida em preto e branco;
passo e tosse, a decadência
de um fantasma mudo e manco.
Com o cravo do sol nos dedos,
madrugada é dor de grávida,
avisam os cães do medo,
do sótão da casa pálida.
Noite de fome, esta noite!
Comeu a lua e meu sono,
mas noite de brando açoite:
chamou meu nome e sumiu.
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