Vi, num filme, humanos a flambar.
No fogo dos jornais, as mãos a arder;
pobres ratos no tempo, sem um bar,
lambendo a vidraça, e a gemer.
Na pira dessas vidas corta o gelo,
no corpo dessas almas um ferrolho,
não há sobra de pão ou qualquer zelo;
há neve a cair, um largo antolho.
A cidade degusta a ceia santa,
é servido o repasto com uísque,
harpas e violino, corais encantam.
Pobres figuras ocas e de toucas,
renas, rendas de estrelas, luz e almíscar:Nova Iorque no céu, no chão, é louca...
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