Vindo da igreja o coral –
que olho da porta – é tal
como a voz, a vida e o mal:
tudo enfim se apaga igual.
Na praça ao lado, quem ama –
olhar de círio que clama –
por entre canteiros flana
e assim sua morte engana.
E quando o coral respira,
seu mar mais leve expira:
parece que a um céu se aspira
e a dor nossa se retira.
O silêncio, ao chegar,
como um hino feito de ar,
vem suave e devagar:
essa é a hora de orar.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
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